Você provavelmente já deve ter visto cortes de entrevistas ou publicações com mensagens polêmicas, politicamente incorretas ou preconceituosas de influenciadores, subcelebridades, donos de empresas ou mesmo anônimos na internet.
É o chamado "Rage Bait". Na tradução livre, significa "isca de ódio", ou "marketing da raiva". A técnica é muito bem elaborada para causar indignação e até raiva em quem lê ou assiste. E, com isso, obter mais engajamento nas publicações, seja com comentários e compartilhamentos ou, no caso do Facebook, as reações negativas.
Mas comentários negativos não são ruins? Você deve estar se perguntando... Bom, a questão é que os algoritmos não fazem juízo de valor. Não sabem se o comentário é positivo ou negativo. Não sabem se a gente compartilha por gostar ou por não gostar do que viu. E quanto maior o engajamento em uma publicação, maior será sua viralização e mais gente vai passar mais tempo vendo aquele conteúdo. Tudo o que as redes sociais mais querem!
Assim, o dono da publicação sai da sua bolha e aumenta o número de visualizações não só do post em questão, mas de outros posts dele. O algoritmo entende que não só o post mas o perfil em si está relevante naquele momento e começa a sugerir outros posts do perfil aos usuários. Então, quanto mais pê da vida uma publicação te deixar, mais você vai ficar sucetível a comentar. É aquela coisa: sempre vai ter muito mais gente disposta a criticar do que a elogiar, ainda mais na internet.
Então, pra que esse tipo de conteúdo deixe de aparecer pra você, as duas principais opções são: primeiro, não bata palma pro palhaço dançar, evite o impulso e simplesmente não interaja, deixe passar batido no seu feed. Se a isca não engajar, com o tempo o autor desiste desse tipo de conteúdo. Ou, em segundo lugar, simplesmente bloquear o perfil. Afinal, o que os olhos não vêem o coração não sente.
Eu tenho uma regra simples: se algum perfil que eu sigo começa a me fazer mais mal do que bem, é hora de deixar de seguir. Recomendo esse detox digital. Me segue no instagram @marcelosander. Por uma internet melhor para todos, até o próximo artigo.
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