Conexão Digital 1260 - Novas regras do PIX entram em vigor para coibir golpes

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O Banco Central soltou mais uma atualização do PIX na última semana. O objetivo é rastrear dinheiro de quem caiu em um golpe. Antes, quando alguém pedia o MED - que é o Mecanismo Especial de Devolução - o sistema só conseguia ver a primeira conta pra onde o dinheiro tinha ido. Só que as quadrilhas são rápidas: elas espalham tudo em várias contas em poucos minutos.

Resultado? Em 2024, menos de 7% do valor roubado conseguiu voltar pro dono. Agora entrou em cena o chamado “MED 2.0”. Com ele, os bancos podem abrir mais de um pedido de devolução ao mesmo tempo e rastrear o caminho do dinheiro por até cinco níveis de transferência. Dessa maneira, se os golpistas mandarem a grana pra duas, três, quatro contas diferentes, o Banco Central vai conseguir acompanhar todas essas etapas. A devolução pode rolar em até 11 dias depois da contestação. 

Por enquanto, essa atualização é opcional. Mas a partir de 2 de fevereiro do ano que vem, todo mundo vai ter que seguir a regra. Outra mudança importante é que, desde 1º de outubro, o pedido de devolução passou a ser totalmente digital. Não precisa mais ligar pra central do banco: dá pra contestar direto pelo próprio aplicativo, dentro do ambiente Pix. E vale lembrar: o MED existe desde 2021 e só funciona em casos de fraude comprovada ou erro do próprio banco. 

Ele não se aplica pra desentendimentos comerciais, tretas entre pessoas de boa-fé, arrependimentos ou quando o usuário manda Pix pra pessoa errada por erro próprio, tipo digitar a chave de forma incorreta. O sistema ainda não é perfeito, claro. E algumas fake news também voltaram a circular, principalmente sobre taxação do pix. Eu vejo como um avanço. Pena que os golpistas continuarão encontrando novas maneiras. Então, vale sempre redobrar a atenção quando o assunto envolve dinheiro.

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