Conexão Digital 1090 - Nova greve dos motoboys de aplicativo - até quando?
Na semana passada tivemos pelo menos dois dias de paralisações e protestos de motoboys de aplicativos em várias cidades brasileiras. Pedidos de clientes atrasados ou não entregues, corridas mais caras e muitas incertezas pra quem depende desse serviço, tanto empresários quanto clientes.
Por outro lado, enquanto desfrutamos da conveniência de um pedido entregue na porta da nossa casa, muitas vezes não nos damos conta de quem realmente paga a conta. Você nunca se perguntou como plataformas como iFood conseguem oferecer cupons de desconto, frete grátis ou um frete muito barato pra entregar o produto na sua casa em poucos minutos? Quem paga na verdade por tanta comodidade?
Estamos tão acostumados à rapidez e facilidade do delivery que raramente paramos para pensar nas condições de trabalho daqueles que tornam isso possível. Será que nossa busca incessante por conveniência nos tornou cúmplices de um sistema que explora seus trabalhadores?
Quem é empresário e atende por delivery se tornou muito dependente desses profissionais. Quem de fato está lucrando com esse sistema? O pequeno empresário ou o aplicativo? Taxas de entregas mais caras, como querem os motoboys, inviabilizaria esse tipo de serviço? Força os motoboys provaram que têm. E são uma classe bem unida. Sem eles, não tem entrega. Simples assim.
A reivindicação dos entregadores por uma taxa mínima de R$ 10 mais R$ 2,50 por quilômetro rodado é viável? Enfim, mais perguntas que respostas. E uma nova paralisação está sendo agendada para o dia 5 de maio. Fato é que precisamos repensar esse sistema que, enquanto gera conforto pra uns, promove a precariedade para outros. Qual a sua opinião sobre isso? Me conta no instagram @marcelosander. Por uma internet melhor para todos, até o próximo artigo.
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